Aguarde por favor...

FUNDAÇÃO ANDRÉ E LUCIA MAGGI CNPJ: 01.832.808/0001-06 RELATÓRIO DA DIRETORIA Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas. as Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2024. Colocamo-nos à disposição para os esclarecimentos que se fizerem necessários. Cuiabá - MT, 10 de abril de 2025. Belisa Souza Maggi, Presidente Conselho Curador Juliana de Lavor Lopes, Diretora Executiva Balanço Patrimonial Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2024. (Valores expressos em reais - R$) ATIVO Nota Explicativa 2024 2023 Circulante Caixa e equivalentes de caixa 5 5.504.997 8.357.721 Créditos diversos a receber 6 975 5.543 Outros créditos 7 5.644 8.381 Total do ativo circulante 5.511.616 8.371.645 Não Circulante Aplicações financeiras 8 13.793.460 12.265.266 Imobilizado e intangível 9 232.510 180.062 Total do ativo não circulante 14.025.970 12.445.328 Total do Ativo 19.537.586 20.816.973 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota Explicativa 2024 2023 Circulante Fornecedores 10 1.585 29.021 Obrigações trabalhistas e sociais 10 246.278 214.289 Obrigações fiscais 10 10.128 3.441 Receitas de projetos a executar 10 / 19.1 50.000 50.000 Total do passivo circulante 307.991 296.751 Patrimônio líquido 11 Patrimônio social 20.026.888 14.169.658 Ajuste de avaliação patrimonial 493.334 527.043 Déficit/superávit do exercício (1.290.627) 5.823.521 Total do patrimônio líquido 19.229.595 20.520.222 Total do passivo 19.537.586 20.816.973 Demonstração do Resultado do Período - Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2024. (Valores expressos em reais - R$) Nota Explicativa 2024 2023 Receita operacional bruta (atividade preponderante, cfe art. 6º do Estatuto Social) 13 7.190.804 10.327.839 Receita de doações e apoio a projetos Pessoa Jurídica com Assistência Social 6.925.968 10.047.537 Receita de doações e apoio a projetos Pessoa Física com Assistência Social 11.209 - Receita com trabalho voluntário com Assistência Social 252.705 254.972 Receita com gratuidades em serviços com Assistência Social 922 25.331 (-) Custos operacionais (Lei No. 6.404/76, artigo 187) 14 (10.430.072) (6.253.793) (-) Despesa com trabalho voluntário 14 (252.705) (254.972) (-) Despesa com gratuidades em serviços 14 (922) (25.331) Resultado bruto (Lei No. 6.404/76, artigo 187 e ITG 2002) (3.492.896) 3.793.744 (-) Despesas de custeio 2.166.256 1.972.154 Gerais e administrativas 14 (169.187) (159.844) Depreciações 14 (33.709) (10.780) Resultado financeiro líquido 15 2.369.152 2.142.779 Outras receitas e despesas 16 36.013 57.623 Outras receitas 36.013 66.233 Outras despesas (8.610) Déficit do exercício (1.290.627) 5.823.521 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2024. (Valores expressos em reais - R$) Histórico Nota Explicativa Patrimônio Social Superávit/Déficit do Exercício Ajuste de Avaliação Patrimonial Patrimônio Líquido Saldos em 31 de dezembro de 2022 11.363.775 2.779.636 552.821 14.696.232 Incorporação ao patrimônio social 2.779.636 (2.779.636) - - Ajuste de avaliação patrimonial 469 - - 469 Transferência para patrimônio social 25.778 - (25.778) - Superávit do exercício de 2023 - 5.823.521 - 5.823.521 Saldos em 31 de dezembro de 2023 14.169.658 5.823.521 527.043 20.520.222 Incorporação ao patrimônio social 11 5.823.521 (5.823.521) - - Transferência para patrimônio social 33.709 - (33.709) - Déficit do exercício de 2024 11.2 - (1.290.627) - (1.290.627) Saldos em 31 de dezembro de 2024 20.026.888 (1.290.627) 493.334 19.229.595 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstração do Fluxo de Caixa - Método Indireto Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2024. (Valores expressos em reais - R$) Nota Explicativa 2024 2023 1. ATIVIDADES OPERACIONAIS Nota Explicativa Superávit/Déficit do exercício 11.2 (1.290.627) 5.823.521 (+) Despesa com depreciação e amortização 9 33.709 19.390 (-) Realização de ajuste de avaliação patrimonial 2.292 469 Superávit/Déficit do exercício ajustado: (1.254.627) 5.843.381 Acréscimo/Decréscimo do AC + ANC (+/-) (Aumento)/Diminuição de créditos a receber 4.568 2.839 (+/-) (Aumento)/Diminuição de outros créditos 446 446 Total de Acréscimo/Decréscimo do AC + ANC 5.013 (12.261.982) Acréscimo/Decréscimo do PC + PNC (+/-) (Aumento)/Diminuição de fornecedores (27.436) (15.294) (+/-) (Aumento)/Diminuição de obrigações trabalhistas e sociais 31.990 (25.600) (+/-) (Aumento)/Diminuição de obrigações fiscais 6.687 (155) (+/-) (Aumento)/Diminuição de projetos a executar - fundo pro- educação - 50.000 Total de Acréscimo/Decréscimo do PC + PNC 11.240 8.950 TOTAL DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS (1.238.373) (6.409.651) 2. ATIVIDADES DE INVESTIMENTOS (+/-) (Aumento)/Diminuição em aplicações financeiras 8 (1.528.194) (12.265.266) (+/-) Imobilizado - baixas (adições) líquidas 9 (86.157) (118.406) (+/-) Intangível - baixas (adições) líquidas 9 - (469) Total das Atividades de Investimentos (1.614.351) (118.875) Total das Atividades (1 + 2) (2.852.724) (6.528.527) Variação do Caixa e Equivalente de Caixa (2.852.723) (6.528.527) Saldo no Início do Exercício 5 8.357.721 14.886.248 Saldo no final do Exercício 5 5.504.997 8.357.721 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstração do Valor Adicionado - Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2024. (Valores expressos em reais - R$) Nota Explicativa 2024 % 2023 % 1. RECEITAS 9.595.969 12.550.455 Receitas de Doações e Apoio a projetos Com Pessoa Jurídica com Assistência Social 13 6.925.968 10.047.537 Receitas de Doações e Apoio a projetos Com Pessoa Física Com Assistência Social 13 11.209 - Receita com Trabalho Voluntário 13 252.705 254.972 Receita com Gratuidades em Serviços 13 922 25.331 Outras Receitas 16 36.013 66.233 Receitas Financeiras 2.369.152 2.156.383 2. Valor Adicionado Bruto 9.595.969 12.550.455 Retenções (33.709) 10.780 Depreciação e Amortização 9 (33.709) 10.780 3. Valor Adicionado Líquido Produzido Pela Entidade 9.629.677 12.539.675 4. Valor Adicionado Recebido em Transferência - - Ganhos na venda ou baixa do imobilizado - - 5. Valor adicionado total a distribuir 9.629.677 12.539.675 6. Distribuição do valor adicionado 9.629.677 100 12.539.675 100 Despesas com Pessoal 2.652.404 27,54 2.322.772 18,52 Serviços de Terceiros 2.705.996 28,10 1.524.995 12,16 Encargos e Tributos de Terceiros - 0,00 591 0,00 Apoio a Projetos Culturais, ambientais, sociais 3.369.926 35,00 542.170 4,32 Apoio, Parceria Continua a Instituições 158.969 1,65 289.582 2,31 Projeto, Sociais, Culturais, Ambientais da FALM 1.033.213 10,73 1.209.163 9,64 Despesas de Viagens 509.565 5,29 364.520 2,91 Despesas Administrativas 164.855 1,71 155.679 1,24 Despesas com Tributos, Taxas e Multas 401 0,00 1.159 0,01 Despesas Financeiras 21.745 0,23 13.604 0,11 Despesas com Seguros 3.931 0,04 3.006 0,02 Despesas com Gratuidade e Voluntariado 253.628 2,63 280.303 2,24 Outras Despesas 45.673 0,47 8.610 0,07 SUPERAVIT/DÉFICIT DO EXERCÍCIO (1.290.627) (13,40) 5.823.521 46,44 As notas explicativas da administração são parte integrante das Demonstrações financeiras. Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Para o exercício findo em 31 de dezembro de 2024. (Valores expressos em reais - R$) 1. Contexto Operacional: Somos a Fundação André e Lucia Maggi (FALM/Fundação), uma organi- zação social sem finalidade econômica, responsável pela gestão do Investimento Social Privado (ISP) da AMAGGI. Desde 1997, trabalhamos para promover o desenvolvimento local e humano, alinhando nossos esforços à missão de combater desigualdades sociais e criar oportunidades para todas as pessoas.AFALM é pautada pela Política e Investimento Social Privado1 que estabelece a forma como realiza seus investimentos em projetos sociais nas localidades prioritárias. A partir das disposições dessa Política, a empresa mantenedora faz o repasse espontâneo de recursos financeiros para que a FALM realize a gestão. A Fundação é uma referência no fortalecimento do terceiro setor, assesso- rando organizações da sociedade civil a promovendo a defesa e garantia de direitos.AFALM atua em diversas regiões onde a AMAGGI está presente, contando com sua sede em Cuiabá (MT) e duas fi- liais, uma em Rondonópolis (MT) e outra em Itacoatiara (AM). Sua estrutura de governança é compos- ta por um Conselho Curador, Conselho Fiscal e Conselho Diretor. O Conselho Diretor é composto por Diretoria Executiva e Gerência de Operações, distribuída em diferentes setores: Administrativo e Programas e Projetos Sociais, sendo 03 frentes de atuação: Fortalecimento de Organizações da So- ciedade Civil (OCS’s), Movimentos e Coletivos; Inclusão Socioprodutiva e Comunicação e Relaciona- mento Institucional. Seu surgimento deu-se com o objetivo inicial de construir o Hospital e Maternida- de Renato Sucupira, em Sapezal (MT). Após essa intervenção, a FALM manteve atuações na forma de apoios pontuais para comunidades, até iniciar, em 2004, os primeiros projetos sociais de maneira mais estruturada. A partir de 2007, passou a ampliar o escopo dos projetos e a rede de parceiros, englobando os temas de meio ambiente, assistência social, educação e geração de renda. Em 2013, a FALM revisitou sua estratégia de atuação e optou por uma mudança de nome, passando a incluir “Lucia Maggi”, uma forma de homenagear uma das responsáveis por contribuir para a criação da FALM. Em 2018, a FALM fortaleceu sua atuação com uma nova revisão estratégica, estabelecendo metas para serem alcançadas até 2030. O planejamento estratégico da FALM é guiado pela busca de impacto positivo e pela adaptação a um cenário em constante transformação. Em 2022, realizamos o processo de análise e diagnóstico que envolveu consultas a áreas-chaves e parcerias estratégicas internas e externas. Esse trabalho contribuiu para identificar oportunidades e desafios sociais, permi- tindo direcionar seus investimentos de forma alinhada às necessidades das comunidades onde atua. Durante esse processo, a FALM construiu sua Teoria da Mudança que permite traçar caminhos ne- cessários para alcançarmos resultados a curto, médio e a longo prazo, orientando as ações da orga- nização de forma objetiva e focada. Mais detalhes estarão mencionados no item 19 deste relatório. A Instituição possui Título de Utilidade Pública Federal, conforme Portaria nº 509 de 05 de março de 2007, o Título de Utilidade Pública Estadual, conforme lei n° 6.938 de 15 de outubro de 1997 e Título de Utilidade Pública Municipal, conforme Lei nº 4.635 de 12 de setembro de 2005, com registro no Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS. São finalidades institucionais estatutária, conforme artigo 3°: I. Estimular pesquisas e estudos nas áreas de educação, saúde e assistência social; II. Realizar pesquisas, estudos, programas e projetos nas áreas de desenvolvimento social, da educa- ção e da saúde, desenvolvimento econômico, agropecuário, agroindústria, desenvolvimento humano e local, com reflexos na comunidade em geral; III. Apoiar e incentivar ações nas áreas da educação, cultura, saúde, meio ambiente, assistência social, recreação e esporte estudantil, proporcionando in- tegral desenvolvimento da coletividade, do bem comum, no interesse social; IV. Promover cursos, palestras, congressos, seminários, simpósios e conferências sobre temas relacionados ao interesse do investimento social privado; V. Prestar qualquer tipo de apoio a outras instituições e iniciativas so- ciais, dentro de seu escopo de atuação, apoiando, reconhecendo e/ou premiando as melhores práti- cas para que se fortaleçam no processo de trabalho de impacto nas comunidades em que atuam; VI. Realizar e formalizar parcerias de colaboração ou convênios com instituições congêneres ou afins, viabilizando projetos e atividades, mantendo intercâmbios técnicos ou científicos, educacionais, cultu- rais, assistenciais, beneficentes, informativas e quaisquer outros correlatos a tais atividades. 2. Base de Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis: As demonstrações contábeis também consideram as diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades porAções (lei 6.404/76 e alterações posteriores), adaptadas às peculiaridades das entidades de fins não lucrativos, em con- sonância com a Interpretação Técnica NBC ITG 2002 (R1) - “Entidades sem Finalidade de Lucro”. As demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com os International Financial Reporting Standards (IFRS), emitidos pelo International Accounting Standards Board (IASB), também em con- formidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). A Administração da Fundação autorizou a conclusão das demonstrações financeiras em 31 de março de 2025, considerando os eventos subsequentes ocorridos até esta data, que tiveram efeito sobre estas demonstrações finan- ceiras. 2.1. Base de Mensuração: As demonstrações financeiras individuais foram elaboradas com base no custo histórico. 2.2. Moeda Funcional e Moeda de Apresentação: Essas demonstrações financeiras individuais são apresentadas em Real, que é a moeda funcional da Sociedade. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram arredondadas para o milhar mais próximo, ex- ceto quando indicado de outra forma. 2.3. Demonstração dos Resultados Abrangentes: A FALM não possui outros resultados abrangentes e, portanto, não apresentou a Demonstração dos Resulta- dos Abrangentes, conforme requerido pelo CPC 26 (Apresentação das Demonstrações Contábeis). 2.4. Das Demonstrações Financeiras: As demonstrações contábeis foram preparadas consideran- do o custo histórico como base de valor, que, no caso de ativos financeiros disponíveis e outros ativos e passivos financeiros, é ajustado para refletir a mensuração ao valor justo. 2.5. Uso de Estimativas e Julgamentos: A preparação das demonstrações financeiras individuais de acordo com as normas contábeis exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e utilize premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo da sua determinação. As principais pre- missas relativas a fontes de incertezas nas estimativas futuras, envolvendo risco de causar um ajuste significativo no valor contábil dos ativos e passivos no próximo exercício financeiro são: • Perda crédi- to de liquidação duvidosa estimada para: • Vida útil dos ativos • Redução ao valor recuperável de ati- 1 https://fundacaoandreeluciamaggi.org.br/wp-content/uploads/2022/12/Politica-de-Investimento-Social-Privado-2022.pdf vos (impairment) • Provisões e contingências • Ajuste a valor presente • Reconhecimento de receita. 3. Principais Práticas Contábeis Adotadas: a) Instrumentos financeiros básicos: - A Fundação contabiliza os seguintes instrumentos financeiros como instrumentos financeiros básicos: Caixa e equivalentes de caixa; e Instrumento de dívida (tal como uma conta, título ou empréstimo a pagar): (i) Ativos financeiros básicos: São ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis que não são cotados no mercado ativo. Tais ativos são reconhecidos ao custo amortizado com o uso do méto- do dos juros efetivos, deduzidos de qualquer perda por redução ao valor recuperável. A Fundação reconhece os instrumentos financeiros básicos inicialmente na data em que foram originados ou na data da negociação, na qual se torna uma das partes das disposições contratuais do instrumento. A Fundação desconhece um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do ativo expiram, ou quando transfere os direitos ao recebimento dos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação na qual substancialmente todos os riscos e benefícios da titularida- de do ativo são transferidos. Qualquer participação que seja criada ou retida pela Fundação em tais ativos financeiros transferidos é reconhecida como um ativo ou passivo separado. Os ativos ou pas- sivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no balanço patrimonial quando, e somente quando, a FALM tem o direito legal de compensar os valores e tem a intenção de liquidá-los em uma base líquida ou de realizar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente. Os ativos financeiros básicos abrangem caixa e equivalentes de caixa, contas a receber de clientes e outros créditos. Caixa e equivalentes de caixa: Caixa e equivalentes de caixa compreendem saldos de caixa e investimentos financeiros com vencimento original de 3 (três) meses ou menos a partir da data da contratação, os quais estão sujeitos a um risco insignificante de alteração no valor justo e são utilizados pela Funda- ção na gestão das obrigações de curto prazo. (ii) Passivos financeiros não derivativos: A Funda- ção reconhece títulos de dívida emitidos e passivos subordinados inicialmente na data em que são originados. Todos os outros passivos financeiros (incluindo passivos designados pelo valor justo regis- trado no resultado) são reconhecidos inicialmente na data de negociação, na qual a Fundação se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento.AFundação baixa um passivo financeiro quando tem suas obrigações contratuais retiradas, canceladas ou vencidas. Tais passivos financeiros são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos financeiros são medidos pelo custo amortizado através do método dos juros efetivos. A Fundação possui os seguintes passivos financeiros não derivativos: fornecedores e impostos. b) Caixa e Equivalentes de Caixa - Caixa e equivalentes de caixa estão divididos em recursos restritos e incluem o caixa, os depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com vencimentos originais de até seis meses e com risco insignificante de mudança de valor, sendo o saldo apresentado líquido de saldos de contas garantidas na demons- tração dos fluxos de caixa. As aplicações financeiras são registradas pelo valor de aplicação original, acrescido dos rendimentos proporcionais auferidos até a data do balanço, não superando o valor de mercado. c) Aplicações Financeiras de Curto e Longo prazo - As aplicações financeiras estão demonstradas pelos valores originais aplicados, acrescidos dos rendimentos pró-rata até a data do balanço. d) Ativo Circulante Mantido para Venda ou Descontinuado - A Fundação classifica um ativo ou o grupo de ativos mantido para venda quando esse estiver disponível para venda ou doação imediata em suas condições atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para venda. Com isso, a sua venda ou doação deve ser altamente provável. Assim, a entidade clas- sifica um ativo não circulante como mantido para venda ou descontinuado se o seu valor contábil vai ser recuperado por meio de transação de venda ou se aprovado pelo órgão interno deliberativo junta- mente validado com o Ministério Público a doação do imobilizado. e) Imobilizado - O imobilizado está registrado pelo custo de aquisição.As depreciações são computadas pelo método linear, tomando-se por base a estimativa de vida útil-econômica dos bens. Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se apropriado, ao final de cada exercício. O valor contábil de um ativo é ime- diatamente baixado ao seu valor recuperável quando o valor contábil do ativo é maior do que seu valor recuperável estimado. Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela compara- ção dos resultados com o seu valor contábil e são reconhecidos em “Outros ganhos (perdas), líquidos” na demonstração do resultado. f) Redução ao valor Recuperável de Ativos - A Fundação avalia anualmente a existência de possíveis indícios, que possam levar a perda do valor recuperável de seus ativos não financeiros, em especial dos grupos imobilizado e intangível. Na avaliação considera even- tos e/ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tecnológicas que possam colocar em risco a continuidade de suas operações ou que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável, de acordo com a NBC TG 01 (em consonância com o Pronunciamento Técnico CPC 01 - Redução ao Valor Recuperável deAtivos). Havendo tais indicações, se o valor contábil líquido exce- der o valor recuperável, é constituída estimativa de perda para desvalorização, ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. O valor recuperável de um ativo ou unidade geradora de caixa é o maior entre o valor em uso e o valor justo menos despesas de venda. Ao avaliar o valor em uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados aos seus valores presentes através da taxa de desconto antes de impostos que reflita as condições vigentes de mercado quanto ao período de recu- perabilidade do capital e os riscos específicos do ativo. Para a finalidade de testar o valor recuperável, os ativos que não podem ser testados individualmente são agrupados no menor grupo de ativos que gera entrada de caixa de uso contínuo que são em grande parte independentes dos fluxos de caixa de outros ativos ou grupos de ativos (a “unidade geradora de caixa ou UGC”). g) Outros Ativos cir- culantes e não circulantes - São demonstrados aos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e/ou cambiais auferidas até a data do balanço patrimonial e, quando aplicável, ajustados aos valores de realização. h) Passivo Circulante e Não Circulante - Registrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspon- dentes encargos e variações monetárias incorridos até as datas dos balanços. i) Contas a pagar a fornecedores - As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens adquiridos ou serviços tomados no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivo circulante se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante. Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequente- mente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa efetiva de juros. j) Obriga- ções trabalhistas e sociais - Foram provisionadas com base nos direitos adquiridos pelos colabora- dores até a data do balanço. k) As Despesas e as Receitas - Estão apropriadas obedecendo ao re- gime de competência. l) Apuração do Resultado - O resultado foi apurado seguindo o Regime de Competência. As receitas de prestação de serviços são mensuradas pelo valor justo (acordado em contrato - valores recebidos ou a receber) e reconhecidas quando for provável que benefícios econô- micos futuros fluam para a entidade e assim possam ser confiavelmente mensurados. Os rendimen- tos e encargos incidentes sobre osAtivos e Passivos e suas realizações estão reconhecidas no resul- tado. m) Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) - A Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) foi elaborada em conformidade com a Resolução CFC nº 1.152/2009, que aprovou a NBC TG 13 e com a Resolução/CFC Nº 1.296/10, que aprovou a NBC T 03 - DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA. O Método na elaboração do Fluxo de Caixa que a Entidade optou foi o INDIRETO. n) Demonstração do Valor Adicionado (DVA) -ADemonstração do ValorAdicionado (DVA) foi elaborada em conformi- dade com a Resolução do CFC Nº. 1.138/2008 (alterada pela Resolução CFC 1.162/2009) que apro- vou a NBC TG 09 - Demonstração do ValorAdicionado e de acordo com a Resolução 1.152/2009 que aprovou a NBC TG 13. o) Trabalho Voluntário e Gratuidades -AITG 2002 determina que o trabalho voluntário, inclusive de membros integrantes dos órgãos da administração, no exercício de suas fun- ções, deve ser reconhecido pelo valor justo da prestação do serviço como se tivesse ocorrido o de- sembolso financeiro. 4. Novas Normas Contábeis e Interpretações ainda não Efetivas: Uma série de novas normas contábeis serão efetivas para exercícios iniciados após 1º de janeiro de 2024. A Companhia não adotou as seguintes normas contábeis na preparação destas demonstrações finan- ceiras. a) IFRS 18 Apresentação e Divulgação das Demonstrações Contábeis: O IFRS 18 substi- tuirá o CPC 26/IAS 1Apresentação das Demonstrações Contábeis e se aplica a períodos de relatórios anuais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2027. O novo padrão introduz os seguintes novos requi- sitos principais. • As entidades são obrigadas a classificar todas as receitas e despesas em cinco ca- tegorias na demonstração de lucros e perdas, a saber, as categorias operacional, de investimento, de financiamento, de operações descontinuadas e de imposto de renda. As entidades também são obrigadas a apresentar um subtotal de lucro operacional recém-definido. O lucro líquido das entidades não mudará. • As medidas de desempenho definidas pela administração (MPMs) são divulgadas em uma única nota nas demonstrações financeiras. • Orientações aprimoradas são fornecidas sobre como agrupar informações nas demonstrações financeiras. Além disso, todas as entidades são obri- gadas a usar o subtotal do lucro operacional como ponto de partida para a demonstração dos fluxos de caixa ao apresentar fluxos de caixa operacionais pelo método indireto. A Fundação ainda está no processo de avaliação do impacto do novo padrão, particularmente com relação à estrutura da de- monstração de superávit e déficit da Fundação, a demonstração dos fluxos de caixa e as divulgações adicionais exigidas para MPMs. A Fundação também está avaliando o impacto sobre como as infor- mações são agrupadas nas demonstrações financeiras, incluindo itens atualmente rotulados como ‘outros’. b) Outras Normas Contábeis: Não se espera que as seguintes normas novas e alteradas tenham um impacto significativo nas demonstrações financeiras da Fundação: • Ausência de conver- sibilidade (alterações ao CPC 02/IAS 21); • Classificação e mensuração de instrumentos financeiras (alterações IFRS 9 e IFRS 7) 5. Caixa e Equivalentes de Caixa: Referem-se aos valores de disponi- bilidade imediata mantidos em tesouraria e instituições financeiras.Avariação demonstrada no saldo, refere-se à movimentação realizada nas aplicações financeiras, onde parte do recurso foi transferido para uma aplicação de longo prazo (nota 8-a). Segue os valores em disponibilidade: Contas 2024 2023 Fundo fixo 3.166 3.910 Bancos - conta movimento 102.002 120.684 Aplicações financeiras 5.399.829 8.233.127 Saldos totais em reais 5.504.997 8.357.722 Os valores mantidos em conta corrente estão vinculados a aplicações financeiras automáticas man- tidas pela FALM com o objetivo de liquidar obrigações de curto prazo, condicionadas às restrições determinadas em contrato, com rendimentos indexados ao CDI. 6. Créditos Diversos a Receber: Os saldos deste grupo referem-se a adiantamentos de viagens e adiantamento de férias, segue valores: Contas 2024 2023 Adiantamento a empregados - 4.400 Adiantamento a fornecedores - 167 Impostos a recuperar 975 975 Saldos totais em reais 975 5.543 7. Outros Créditos: Este grupo é composto pelos seguros e serviços contratados, cujo período de vigência beneficia o exercício seguinte e estão representadas pelo seu valor nominal: Contas 2024 2023 Assinaturas e anuidades a apropriar 3.707 6.395 Prêmios de seguros a apropriar 1.937 1.942 Outras despesas antecipadas - 44 Saldos totais em reais 5.644 8.381 8. Aplicações Financeiras: Referem-se aos valores aplicados em instituições financeiras sem liqui- dez imediata com vencimentos superior há 12 meses. Em agosto de 2023, com o objetivo de aumen- tar a rentabilidade dos valores mantidos em aplicações financeiras, a FALM realizou uma aplicação na modalidade CDB a uma taxa de rentabilidade de 114% do CDI com vencimento em agosto de 2026. Abaixo os valores representados: Contas 2024 2023 Aplicação financeira 13.793.460 12.265.266 Saldos Totais em Reais 13.793.460 12.265.266 9. Imobilizado e Intangível: Os ativos Imobilizados e Intangíveis são contabilizados pelo custo de aquisição, formação ou construção, deduzidos da depreciação acumulada, calculada pelo método li- near para perdas por imparidade, quando aplicável.Adicionalmente, a FALM verificou que não havia a existência de indicadores de que os ativos imobilizados poderiam estar acima do valor recuperável ou que houvesse alteração na vida útil determinada para cada ativo, consequentemente, não houve alte- rações relevantes da vida útil estimada e não foi identificado perda de valor recuperável destes ativos. Rubricas Quant. Bens Taxa Anual 2024 Adições 2023 Máquinas e Equipamentos 64 6,67% 140.199 9.618 130.581 Equipamentos de Informática 109 20% 284.197 38.845 245.352 Móveis, Eletro e Utensílios 88 6,67% 88.450 37.694 50.756 Equipamentos Audiovisuais 78 100% 54.451 54.451 (-) Depreciação Acumulada (334.787) (33.709) (301.078) Imobilizado líquido, em reais 232.510 86.157 180.062 Rubricas Quant. Bens Taxa Anual 2024 Adições 2023 Software 20 20% 58.800 - 58.800 (-) Amortização Acumulada (58.800) - (58.800) Intangível líquido, em reais - - - Total do Imobilizado e Intangível 232.510 - 180.062 10. Passivo Circulante (Obrigações a Curto Prazo): Este grupo está composto pelo seu valor nominal, original e representa o saldo credor de fornecedores em geral, obrigações fiscais-emprega- tícias, tributárias e outras obrigações, bem como as provisões sociais. Segue composição do Passivo Circulante: Descrição 2024 2023 Fornecedores 1.585 29.021 Obrigações trabalhistas e sociais 246.278 214.289 FGTS 10.167 10.279 INSS 32.372 35.328 PIS 1.204 2.071 IRRF 29.632 20.456 Férias 128.552 108.667 Encargos sobre férias 44.350 37.490 Obrigações Fiscais 10.128 3.441 IRRF 305 110 ISS a Recolher 6.869 2.839 PIS/COFINS/CSLL 1.145 492 INSS S/Serviços 1.810 - Receitas de projetos a executar 50.000 50.000 Doação para Fundo Pró-Educação (NE 20.1) 50.000 50.000 Total em reais 307.991 296.751 11. Patrimônio Líquido: O patrimônio líquido é apresentado em valores atualizados e compreende o Patrimônio Social, subtraído o Déficit do exercício de R$ 1.290.627 (um milhão, duzentos e noventa mil, seiscentos e vinte e sete reais), os bens recebidos através do ajuste de avaliação patrimonial considerados, enquanto não computados no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo (Continua - página 1-2) e do passivo, em decorrência da sua avaliação e preço de mercado. 11.1. Ajuste de Avaliação Pa- trimonial: Em consonância com a Resolução 1.159/09 (CTG 2000) e a Lei 11.638/07 e aplicação do CPC 27 a criação da contaAjuste deAvaliação Patrimonial faz parte Líquido como um grupo especial, uma vez que os valores nela contabilizados não transitaram pelo resultado. Assim, o saldo refere-se ao ajuste decorrente da adoção do custo atribuído dos ativos, o qual é realizado por baixa e/ou de- preciação dos bens que deram origem ao ajuste. 11.2. Resultado do Exercício: Déficit do exercício de 2024 foi de R$ 1.290.627 (um milhão, duzentos e noventa mil, seiscentos e vinte e sete reais) e consta incorporado ao Patrimônio Social em conformidade com as exigências legais, estatutárias e a Resolução CFC Nº 1.409/12 que aprovou a NBC ITG 2002 em especial no item 15, que descreve que o superávit ou déficit do exercício deve ser registrado na conta do Patrimônio Social. 12. Isenção Tributária: A entidade é imune à incidência de impostos por força do art. 150, Inciso VI, alínea “C” e seu parágrafo 4º e artigo 195, parágrafo 7° da Constituição Federal de 05 de outubro de 1988, e é isenta à incidência das Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido por força da Lei No. 9.532/97; Lei No. 12.101/09, alterada pela Lei 12.868/13 e Decreto 8.242/14. 13. Receita Operacional Líquida: Eventualmente, a Entidade recebe doações de pessoas físicas e jurídicas, conforme estão previstas no seu Estatuto Social, artigo 6º. Segue abaixo o demonstrativo de receitas: Contas 2024 2023 Doações nacionais pessoa jurídica com assistência social 6.904.493 10.042.430 Doações nacionais pessoa física com assistência social 11.209 0,00 Doações internacionais 21.476 5.106 Voluntariado e gratuidades 253.628 280.303 Saldos totais em reais 7.190.804 10.327.839 14. Custos e Despesas Operacionais por Natureza: Contas 2024 2023 Custos operacionais (10.430.072) (6.253.793) Despesas com trabalho voluntário (252.705) (254.972) Despesa com gratuidades em serviços (922) (25.331) Gerais e administrativas (169.187) (159.844) Depreciação e amortização (33.709) (10.780) Saldos totais em reais (10.886.596) (6.704.720) 15. Resultado Financeiro: Contas 2024 2023 Rendimentos sobre aplicações financeiras 2.390.897 2.156.383 Multa e juros (942) (22) IOF (1.707) (184) Tarifas bancárias (7.998) (10.136) Taxas administrativas (11.097) (3.263) Saldos totais em reais 2.369.152 2.142.779 16. Outras Receitas/Despesas (Fatos Extraordinários): Conforme a Resolução CFC Nº 1.152/09 que aprova NBC TG 13 e 1.157/09 que aprova CTG 02 e a Medida Provisória No. 449/08 (atual Lei 11.941/09) as receitas e despesas não operacionais foram classificadas no Grupo “Outras Receitas / Despesas” no grupo operacional e não após a linha do “resultado operacional”. Abaixo descrevemos os valores que compõem este grupo: Contas 2024 2023 Outras receitas 36.013 66.233 Outras despesas (8.610) Saldos totais em reais 36.013 57.623 17. Gestão de Riscos Financeiros (Instrumentos Financeiros): Desde 2021, a FALM com uma Política de Investimentos que define as diretrizes para a aplicação e gestão de dos recursos financei- ros. Essa política assegura a sustentabilidade e a perenidade das atividades da organização, estabe- lecendo critérios para a escolha de instituições bancárias e financeiras, além de procedimentos para resgates e pagamentos. O acompanhamento dessa política é realizado pelo Comitê Executivo de In- vestimentos, formado por representantes de sua mantenedora. O principal fator de risco da FALM está apresentado a seguir: a) Risco de liquidez:Aprevisão de fluxo de caixa é realizada pela adminis- tração, que monitora continuamente a liquidez para assegurar que a FALM tenha caixa suficiente para atender às necessidades operacionais. Essa previsão leva em consideração os planos de financia- mento da dívida, o cumprimento de metas internas e, quando aplicável, as exigências regulatórias externas ou legais. Em 31 de dezembro de 2024, a Fundação não possui operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos. 18. Atividades da Fundação André e Lucia Maggi: Com foco na promoção de direitos e no desenvolvimento local e humano, a FALM promove iniciativas alinhadas a políticas públicas, especialmente no fortalecimento da agricultura familiar. Por meio de ações que capacitam e apoiam produtores (as), a Fundação contribui para a inclusão socioprodutiva e amplia o acesso aos mercados privados e chamadas públicas, promovendo, assim, a segurança alimentar e a economia local nos territórios onde tem atuação.Além disso, a FALM incentiva a sustentabilidade das organizações parceiras, impulsionando sua atuação em diversas áreas, como assistência social, educação, saúde, cultura, lazer e desenvolvimento rural. A FALM acredita que unir esforços é essen- cial para promover mudanças significativas. Por isso, atua em rede, estabelecendo parcerias e so- mando forças com diversos agentes sociais. A FALM participa ativamente de diversas iniciativas que fomentam debates e fortalecem o desenvolvimento local, integrando conselhos e grupos estratégicos. Desde 2009, estamos presentes, no Conselho Temático de Responsabilidade Social (CORES) da Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT), que reúne pessoas empresárias e representantes de organizações públicas e privadas para tratar de questões importantes para a indústria local. Tam- bém é associada ao Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) desde 2010. O GIFE atua como um centro de reflexão e disseminação de informações sobre Investimento Social Privado no Brasil, promovendo a formação de parcerias para eficiência nas ações sociais e no desenvolvimento sustentável do país. Adicionalmente, a FALM está registrada no Conselho Municipal de Assistência Social em Cuiabá (MT). Essa participação ativa em reforça o compromisso da FALM com as comuni- dades locais em que está presente, torna-se, não só algo que beneficia a comunidade, mas também promove um ambiente mais favorável para a economia local. Com base em diagnósticos e levanta- mentos de dados socioeconômicos, a FALM juntamente com sua mantenedora, estabelece uma matriz de priorização de localidades nas quais desenvolve o Programa Crescendo com o Local e projetos de curo, médio e longo prazo. No ano de 2024, a FALM atuou em 27 municípios localizados nos estados de Mato Grosso,Amazonas e Rondônia. 19. Programa Crescendo com o Local: Desde 2022, a FundaçãoAndré e Lucia Maggi (FALM) conduz o programa “Crescendo com o Local”, que tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável e reduzir as desigualdades socioeconômicas por meio do fortalecimento de organizações sociais, movimentos e coletivos. Apoiando iniciativas so- ciais no aprimoramento de suas capacidades institucionais e de atuação em rede. O “Crescendo com o Local” se alicerça estrategicamente em 04 (quatro) frentes ou subprogramas principais: Agricultura Familiar, Empreendedorismo, Qualificação Profissional e Empregabilidade, e Fortalecimento de Orga- nizações da Sociedade Civil (OSC’s), Movimentos Sociais e Coletivos. Essas frentes atuam de forma integrada e complementar, abordando aspectos essenciais para o desenvolvimento local, sem se limi- tar a ações isoladas. Mobilizando um ecossistema diverso de pessoas e grupos, além de promover o engajamento coletivo na construção de um mundo mais justo, igualitário e sustentável. O Crescendo com o Local se expande em áreas de apoio, que auxiliam a monitorar e aprimorar continuamente as ações do programa. Essas áreas são responsáveis por fornecer dados, articular parceiros, ativar o ecossistema, integrar recursos e promover a inovação. Elas também desempenham um papel crucial na divulgação dos resultados e impactos das intervenções, ampliando a visibilidade e o alcance de nossas ações. O programa tem como público-alvo artistas, crianças, adolescentes e jovens, imigran- tes e/ou refugiados, mulheres vítimas de violência, pessoas com deficiência, síndrome ou transtorno, população em situação de rua, pessoas idosas, comunidade LGBTQIAPN+, comunidade pantaneira, pessoas negras e povos tradicionais (indígenas e quilombolas). 19.1 Agricultura Familiar: Um dos principais pilares do programa Crescendo com o Local, a agricultura familiar desempenha um papel essencial no Brasil, sendo responsável por grande parte dos alimentos consumidos no país, como arroz, feijão, frutas e hortaliças. Esse setor gera mais de 10,1 milhões de empregos e responde por 67% das ocupações rurais, segundo oAnuário Estatístico daAgricultura Familiar 2024, publicado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG). Além disso, a proximidade entre as pessoas agricultoras familiares e consumidores garante alimentos mais frescos por preços mais justos, fortalecendo as economias locais. A diversidade de cultivos também favorece práticas sustentáveis, como a agroecologia, que preserva a biodiversidade e otimi- za o uso dos recursos naturais. Reconhecendo os desafios enfrentados pelos produtores e produtoras familiares, como o baixo valor agregado aos produtos e as dificuldades gerenciais, lançamos o subprograma Agricultura Familiar, com o objetivo de apoiar o fortalecimento e o desenvolvimento do setor. Sabemos que a geração de renda sustentável, a melhoria nas práticas de gestão e a adoção de novos modelos de produção são fundamentais para garantir o sucesso das propriedades familiares e cooperativas locais. Nosso subprograma é centrado em planejamentos participativos que consideram o patrimônio sociocultural e os saberes de cada território, visando promover melhorias tanto nas prá- ticas de gestão quanto nas questões ambientais e sociais. Acreditamos que, ao fortalecer a agricultu- ra familiar, podemos criar mercados mais consolidados, com melhores condições de trabalho, dentro do próprio território e além dele. Em 2024, estabelecemos metas que reforçam nosso compromisso com o desenvolvimento da agricultura familiar. Buscamos realizar capacitações focadas na gestão institucional e de negócios para associações e pequenos produtores. Além disso, ampliamos e diver- sificamos o volume de entregas de produtos da agricultura familiar para mercados privados em duas regiões. Ao longo do ano, firmamos colaborações com nove associações em Itacoatiara (AM) e cinco na região do Parecis (MT), com maturidade necessária para fornecer alimentos não só para aAMAG- GI, como para outros empreendimentos locais, promovendo um ciclo de desenvolvimento sustentá- vel. Um dos grandes avanços foi a parceria com o Sebrae em Itacoatiara (AM), que permitiu capacitar membros de comunidades como Monte Cristo, São João do Araçá e Novo Remanso. Oferecemos cursos de 110 horas que abordam desde o controle de custos de produção até o uso de ferramentas de marketing digital, como redes sociais digitais e o Canva, capacitando produtores e produtoras para uma gestão mais eficiente de seus negócios. No segundo trimestre de 2024, essas comunidades produtivas começaram a fornecer produtos hortifruti para refeitórios daAMAGGI.Além disso, entrega- mos 10 kits de ferramentas, insumos, materiais de construção e sementes para apoiar o projeto Vivei- ros de Açaí, em parceria com a Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento de Itacoatiara (AM). Esse projeto beneficiou 150 agricultores e agricultoras familiares, com a produção de 60 mil mudas de açaí, e tem como objetivo a busca pela produção de mudas de espécies frutíferas e flores- tais, diversificando a suas atividades e aumentando a renda local. Em 2024, realizamos entregas no refeitório da AMAGGI em Itacoatiara (AM), e atualmente 54% do hortifruti consumido nesse refeitório provém das associações com as quais estamos trabalhando, com 24 produtos diversificados adquiri- dos. 19.2. Empreendedorismo: Com 43 milhões de empreendedores no Brasil, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), ainda há no país desafios sig- nificativos para quem empreende, especialmente na qualificação e regularização de negócios. Nos territórios do Programa Crescendo com o Local, identificamos um grande potencial não explorado em atividades ligadas à cadeia do agronegócio e aos mercados privados. Com esse foco, o subprograma Empreendedorismo promove a inclusão socioprodutiva, oferecendo capacitação e suporte para que pessoas e grupos ampliem suas oportunidades de trabalho e geração de renda, fortalecendo o desen- volvimento local. Conquistamos avanços significativos ao longo do ano. Um marco importante foi o lançamento do projeto Entre Linhas, voltado para mulheres dos municípios de Campo Novo do Pare- cis e Sapezal, em Mato Grosso. Essa iniciativa transforma materiais antes considerados inservíveis, como uniformes da AMAGGI, em novos produtos, como brindes corporativos, promovendo tanto a sustentabilidade quanto o empreendedorismo. No âmbito do Entre Linhas, capacitamos 44 mulheres em corte e costura. Destas, 25 são integrantes da Casa das Marias, em Campo Novo do Parecis (MT), e 19 são associadas da Associação Thutalinansu, localizada na Aldeia Caititu, em Sapezal (MT). Outro destaque do subprograma de empreendedorismo é a realização das Feiras de Economia Cria- tiva, que se consolidaram como espaços de incentivo ao comércio local e ao fortalecimento de em- preendedores e empreendedoras. Em 2024, promovemos seis edições: duas no Centro Cultural Ve- lha Serpa (CCVS), em Itacoatiara (AM), e quatro na Vila Itanorte, localizada na Fazenda Itamarati da AMAGGI, em Campo Novo do Parecis (MT). Além da comercialização de produtos, a feira foi uma oportunidade de capacitação para os expositores, que participaram de treinamentos sobre manipula- ção de alimentos, empreendedorismo e precificação, em parceria com profissionais da AMAGGI. Também oferecemos cursos de capacitação para as pessoas feirantes, abordando temas como em- preendedorismo, gestão financeira, comunicação e design de produtos, preparando-os para aprimo- rarem suas atividades. Mais que um espaço de comercialização, as feiras se tornaram um ponto de conexão entre as pessoas empreendedoras e a comunidade, promovendo a valorização da cultura local e incentivando um modelo de negócios sustentável e inclusivo. 19.3. Qualificação Profissional e Empregabilidade: Acreditamos que a educação de qualidade e o acesso a empregos dignos são pilares fundamentais para romper ciclos de pobreza e desigualdade. Por isso, por meio do subprogra- ma Qualificação Profissional e Empregabilidade, fomentamos o desenvolvimento de competências técnicas, cognitivas e socioemocionais. Atuamos em parceria com instituições de ensino técnico, universidades e empresas, criando oportunidades de aprendizagem prática, estágios e programas de trainee. Além disso, disponibilizamos programas de bolsas e subsídios educacionais, que tornam a formação técnica e profissional mais acessível para jovens e adultos de baixa renda, e nos conecta- mos a empresas locais para oferecer experiências práticas que ajudam a integrar os participantes ao mercado de trabalho. Realizamos quatro Dias de Campo em fazendas da AMAGGI. Proporcionando aos jovens de escolas públicas uma experiência transformadora, cheia de aprendizado e descober- tas. Foi uma oportunidade única de explorar novas possibilidades profissionais, além de entender de perto a realidade, os processos, maquinários e tecnologias que fazem parte do nosso dia a dia no campo. Também na Vila Itanorte, em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Se- nar), promovemos quatro oficinas de qualificação, totalizando 136 horas de formação em temas como Inclusão Digital (níveis básico, intermediário e avançado) e Relacionamento Interpessoal.Ao todo, 54 jovens participaram dessas ações, avançando em suas jornadas de capacitação. As bolsas de quali- ficação profissional em parceria com a FATEC reafirmam nosso compromisso com o fortalecimento das competências técnicas e cognitivas de jovens para o mercado de trabalho. Ao longo do ano, ce- lebramos a formatura de dois bolsistas do curso de Agrocomputação. Além disso, oferecemos seis bolsas de estudo, acompanhadas de auxílio financeiro, para estudantes de Cuiabá e Rondonópolis (MT). 19.4. Fortalecimento de Organizações Sociais: Organizações da Sociedade Civil (OSCs), Movimentos sociais e Coletivos desempenham um papel essencial na promoção da justiça social, no atendimento às populações socioeconomicamente vulnerabilizadas e na implementação de políticas públicas. Por meio do subprograma Fortalecimento de OSCs, Movimentos Sociais e Coletivos, iden- tificamos, mapeamos e apoiamos iniciativas sociais, fomentando sua consolidação local e a diversifi- cação de suas fontes de recursos financeiros. Nosso objetivo é contribuir para o desenvolvimento das capacidades institucionais para que possam superar desafios locais, estimular a inovação social, ampliar a participação cidadã e estabelecer redes de apoio baseadas na confiança e cooperação mútua. Em 2024, iniciamos a Jornada de Desenvolvimento Institucional, que se estenderá até 2026, com o objetivo de contribuir para o fortalecimento das iniciativas participantes. Buscamos estruturar e sistematizar suas atuações nos territórios e em agendas estratégicas voltadas para a superação das desigualdades sociais. Sua trilha formativa, que totalizou 209 horas de formação em 2024, foi elabo- rada de forma colaborativa, com base em escutas ativas, diagnóstico institucional - realizado a partir da análise dos resultados da Matriz de Mapeamento de Nível de Maturidade Institucional - e cocria- ção. A partir das necessidades identificadas, 44 OSCs, movimentos e coletivos sociais participaram de encontros gerais, reuniões de subgrupos e escutas individualizadas. Esse processo resultou na construção dos Planos de Desenvolvimento Institucional (PDIs), cuja execução será acompanhada, monitorada e apoiada financeiramente pela FALM. Todo esse processo formativo fortalece a atuação institucional das OSCs, movimentos e coletivos sociais em Mato Grosso, Amazonas e Rondônia, ampliando sua capacidade de acessar recursos, influenciar políticas públicas e participar ativamente dos conselhos municipais. Essas ações estão alinhadas aos princípios do MROSC e ao fortalecimen- to do controle social nos territórios. Os conteúdos apresentados foram considerados relevantes por mais de 90% das iniciativas participantes, sendo que os temas mais destacados foram: comunicação, gestão de processos, sustentabilidade financeira e saúde mental. Ainda dentro do subprograma de Fortalecimento e Desenvolvimento de OSCs, Movimentos Sociais e Coletivos, destinamos apoio fi- nanceiro e suporte técnico para 16 projetos selecionados pelo Edital de Projetos de Impacto. Esses projetos abrangem áreas como empreendedorismo, formação profissional, inclusão no mercado de trabalho, diversidade e agricultura familiar. No total, foram investidos cerca de R$ 1,3 milhões, impac- tando diretamente 2.532 pessoas e, indiretamente, 8.181. Durante o ano realizamos visitas de moni- toramento e avaliação para acompanhar a execução dos projetos, analisar os resultados parciais, verificar a aplicação dos recursos e identificar desafios, especialmente na gestão financeira, presta- ção de contas e cumprimento de cronogramas - pontos críticos em projetos que envolvem obras. Para apoiar as OSCs nesses aspectos, intensificamos o suporte técnico e promovemos capacitações es- pecíficas. Realizamos a oficina Descomplicando a Prestação de Contas e, em agosto, a oficina Par- cerias e Redes de Colaboração, além do Tira-Dúvidas da Prestação de Contas, com edições presen- ciais em Itacoatiara. Essas iniciativas fortalecem a segurança e a eficiência na execução dos projetos, garantindo maior impacto social. Com o subprograma Fortalecimento de OSCs, Movimentos Sociais e Coletivos, reafirmamos nosso compromisso de atuar como catalisadores do impacto social positivo, fortalecendo organizações que transformam realidades e promovem o desenvolvimento nas comuni- dades onde estão inseridas. 20. Ações Institucionais: 20.1. Rede de Investidores Sociais de Mato Grosso (RIS-MT): A Rede de Investidores Sociais de Mato Grosso (RIS-MT) é uma iniciativa que li- deramos em parceria com o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE) e outras instituições comprometidas com o fortalecimento do investimento social privado no estado. Em 2024, nossas ati- vidades estiveram focadas no fortalecimento da governança da RIS-MT, na expansão da rede de in- vestidores e na promoção de práticas de impacto social estratégico. Uma das prioridades definidas foi a articulação de novas empresas para integrar a rede, ampliando nossa capacidade de transformar realidades no estado. Também demos início ao planejamento de eventos importantes, como o jantar filantrópico realizado 25 de outubro, que reuniu cerca de 30 empresários de Mato Grosso. Esse evento possibilitou a oportunidade de promover o diálogo sobre investimento social privado, fortalecer a temática na região e atrair parceiros e parceiras para a RIS-MT. O 14° Encontro da RIS-MT marcou a entrada de 10 novas empresas articuladas pelo Grupo Gestor. Com o tema central “Leis de Incenti- vo e ESG: Potencializando o Impacto Social nas Comunidades”, debatemos o uso estratégico das leis de incentivo e a possibilidade de formações específicas para os departamentos jurídicos e contábeis das empresas, facilitando sua adesão às práticas de investimento social privado. Essas ações refor- çam nosso compromisso com um investimento social responsável e transformador, que conecta em- presas e instituições em prol do desenvolvimento sustentável de Mato Grosso. 20.2. Ações de Apoio à Rede de Proteção de Itacoatiara-AM: Desde 2020, temos atuado de forma significativa no fortale- cimento da rede de proteção de Itacoatiara (AM), com foco no enfrentamento do abuso e da explora- ção sexual de crianças e adolescentes. Nosso objetivo é sensibilizar a sociedade sobre a gravidade dessas violações e apoiar a implementação de soluções que protejam as vítimas e assegurem seus direitos. Uma das principais frentes desse trabalho é a contribuição para a execução da Lei 13.431/2017, que estabelece a escuta especializada e a centralização das informações de atendi- mento. Essa abordagem busca evitar a revitimização de crianças e adolescentes, garantindo um atendimento mais acolhedor e eficiente. Desde 2021, promovemos formações, capacitações e ofici- nas voltadas aos integrantes do Comitê Municipal e do Sistema de Garantia de Direitos. Essas ativi- dades proporcionam um espaço para troca de experiências, construção coletiva de fluxos de atendi- mento e fortalecimento profissional dos participantes. Nosso objetivo é consolidar uma rede integrada e capacitada para oferecer um suporte humanizado e eficaz às vítimas e testemunhas de violência. 20.3. Projeto de Destinação do Imposto de Renda Devido - Clique do Bem: A campanha interna “Clique do Bem” convida nossos colaboradores e colaboradoras da AMAGGI, FALM e AL5 bank a destinarem parte do Imposto de Renda devido diretamente aos fundos municipais de apoio a projetos voltados para a proteção de crianças e adolescentes, com desconto direto na folha de pagamento. Atualmente, o montante arrecadado é destinado aos Fundos de Direitos da Criança e doAdolescente (FDCA) de Cuiabá (MT), Confresa (MT) e Itacoatiara (AM). Em 2024, revisamos e aprimoramos as estratégias de comunicação e divulgação da campanha, visando ampliar seu impacto. Nossa partici- pação no Fórum “Transforme sua contribuição em Solidariedade: Doe o seu Imposto de Renda” - promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT), pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMD- CA) de Cuiabá - também foi um marco. Na ocasião, atuamos como facilitadores de um dos painéis, que discutiu a importância da destinação do Imposto de Renda devido aos fundos municipais. Além disso, expandimos a campanha para quatro municípios em 2024: Cuiabá (MT), Itacoatiara (AM), Confresa (MT) e São Leopoldo (RS). Essa ampliação se deu também pela necessidade emergencial gerada pelas enchentes e alagamentos no Rio Grande do Sul, que afetaram 2,3 milhões de pessoas. Entramos em contato com os conselhos municipais de Defesa dos Direitos da Criança e do Adoles- cente e da Pessoa Idosa de São Leopoldo, com o objetivo de expandir a campanha para a região e direcionar recursos às vítimas da tragédia. Para fortalecer o engajamento dos colaboradores e cola- boradoras da AMAGGI, promovemos o Desafio de Colaboração, incentivando as pessoas a amplia- rem o alcance do Clique do Bem. Estamos acompanhando os recursos doados, garantindo que sejam aplicados de forma eficaz pelos conselhos municipais e resultem em benefícios tangíveis para as comunidades atendidas. 20.4. Espaço Coletivo Centro Cultural Velha Serpa: O Centro Cultural Velha Serpa (CCVS), em Itacoatiara (AM), desempenha um papel essencial na promoção e preserva- ção da cultura local. O CCVS tem se consolidado como um ponto turístico e cultural de grande rele- vância para a cidade. Em 2024, intensificamos nossos esforços para fortalecer o COF (Capacitação, Ocupação e Fortalecimento), com o objetivo de promover o desenvolvimento dos agentes culturais locais e dinamizar o ambiente cultural de Itacoatiara (AM). A participação ativa das pessoas morado- ras reflete o sucesso das estratégias de comunicação adotadas, consolidando o CCVS como um centro vibrante e essencial para o desenvolvimento sociocultural da região. Durante o ano, realizamos 88 atividades internas, totalizando 49 horas de programação, envolvendo 2.168 pessoas diretamente nas atividades, criando conexões significativas entre a cultura local e a comunidade. O CCVS também se destacou ao ser selecionado para o edital da 13ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos, impac- tando diretamente 283 pessoas. Em reconhecimento ao nosso trabalho, o CCVS foi oficialmente in- cluído no Cadastro Nacional de Museus (CNM) pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM), o que traz visibilidade nacional e internacional ao centro e ao município de Itacoatiara (AM). Essa conquista abre portas para consultorias especializadas e para a integração com outros museus, reforçando nosso compromisso com o desenvolvimento cultural da região. A formação de agentes culturais em Itacoatiara (AM) também foi uma prioridade. Iniciamos com a capacitação em projetos culturais e já planejamos expandir as formações em outras áreas, conforme as necessidades da comunidade. Além disso, o Edital de Pauta permitiu a ocupação contínua do espaço com eventos culturais. No ano, tivemos 67 solicitações de uso do espaço, destacando o crescente interesse pelo CCVS. As ativida- des fixas - como o CineFALM (exibições semanais de filmes do Itaú Cultural Play), a Roda de Leitura (uma atividade interativa com estudantes usando o acervo do CCVS) e as visitas guiadas - têm atraído um número expressivo de visitantes e ampliado o engajamento da comunidade. As parcerias com a Secretaria de Cultura do município também têm sido fundamentais para fortalecer a rede cul- tural local. Isso se reflete nas solicitações de ocupação voltadas para ações culturais, como reuniões sobre o novo edital da Aldir Blanc e a realização de eventos como os pockets shows Novembro Indie e MONAH, ambos contemplados no Edital Paulo Gustavo. Essas iniciativas demonstram a importân- cia crescente do CCVS como um espaço cultural de referência e um ponto de encontro para a troca e promoção da cultura local. 20.5. OutrasAções Pontuais/Contínuas: Neste grupo são classificados os investimentos relacionados à apoios pontuais e/ou parcerias contínuas que fazem parte da história da FALM e que são importantes serem mantidas, como por exemplo o apoio ao Hospital Renato Su- cupira de Sapezal - MT, apoios a organizações como a Creche eAPAE de Rondonópolis, entre outros investimentos pontuais realizados. 21. Investimento Social Privado: Asituação econômica da FALM é monitorada regularmente. A principal fonte de arrecadação da Fundação é o percentual do lucro de sua mantenedora, repassado anualmente. Há ainda rendimentos de aplicações financeiras e doações de outras empresas e pessoas físicas. Neste ano a FALM recebeu um aporte de R$ 6.937.176,00. A cada recebimento de recurso, o Conselho Diretor tem como responsabilidade avaliar as modalidades de aplicações financeiras, negociando melhores taxas de rentabilidade do mercado e, a partir disso, levar para deliberação do Conselho Curador. O orçamento da FALM é gerido a partir de planos anuais, que descrevem as ações e atividades dos projetos a serem desenvolvidos naquele período.A gestão baseia-se em cálculos que consideram os recursos financeiros já aplicados e a estimativa de doação da AMAGGI para os próximos anos. Dessa forma, é possível prever o fluxo de caixa. Parale- lamente ao seu processo orçamentário, todas pessoas colaboradoras são incentivadas a avaliar e incrementar a eficiência do uso dos recursos em cada projeto. O gerenciamento administrativo, finan- ceiro, contábil e patrimonial da FALM é realizado por um sistema ERP em conjunto de outras ferra- mentas desenvolvidas internamente garantindo a eficiência na utilização dos recursos. Em 2024, a FALM se manteve atenta às tendências econômicas de mercado e, como forma de dar ainda mais transparência no direcionamento de seus recursos financeiros, definiu o Índice de Eficiência Financei- ra, indicador que comprova que a maior parte de seu orçamento está direcionado a atender as finali- dades da organização. Para o desenvolvimento das atividades no decorrer do exercício, a FALM aplicou o total de R$ 10.908.375,85 (dez milhões, novecentos e oito mil, trezentos e setenta e cinco reais e oitenta e cinco centavos). A seguir, apresentamos o investimento realizado segregado por Centros de Custos que correspondem às frentes de trabalho mencionadas acima: RESUMO DO INVESTIMENTO REALIZADO Centro de Custo Descrição do Centro de Custo Valor (R$) 2024 Valor (R$) 2023 00.9.001 Creches Rondonópolis 14.000,00 14.000,00 00.9.002 APAE Rondonópolis 16.000,00 16.000,00 00.9.003 Hospital Renato Sucupira (SAPEZAL) 30.000,00 270.000,00 00.9.006 Apoio Extras - 128.355,46 0.10.001 Administrativo 568.904,84 114.256,82 0.10.002 Espaço coletivo - Itacoatiara - AM 225.938,54 289.675,41 0.10.003 Espaço coletivo - Rondonópolis - MT 5.698,92 9.643,97 0.10.004 Espaço coletivo - Cuiabá - MT 152,28 152,26 0.10.005 Governança 86.463,48 113.754,38 0.10.006 Programa Estratégico de Comunicação 168.718,82 264.428,98 0.10.007 Voluntariado e Gratuidades em Serviços 253.627,81 280.302,85 0.10.008 Projeto de Cap. de Recursos | Destinação de IRRF 42.322,36 22.350,33 0.10.009 Projeto RIS - Rede de Investimento Social Privado 149.980,82 87.504,69 0.10.010 Ação de Apoio a Implementação da Rede de Pro 152.945,52 172.220,20 0.10.011 Advocacy 55.173,83 56.416,61 0.10.012 Gestão de Programas e Projetos 53.524,99 61.894,63 0.10.013 Espaço coletivo - Itacoatiara - AM - Ações 197.083,99 - 0.10.014 GT - Diversidade e Inclusão 80.714,85 - 0.10.015 Melhoria Contínua 20.630,25 - 0.10.016 Juntos Somos Mais Fortes - RS 125.918,91 - 0.11.001 Folha de Pagamento - Administrativo/Corporativo 732.008,40 893.544,38 0.11.002 Folha de Pagamento - Gestão de Projetos 1.602.963,52 1.433.696,02 0.11.003 Folha de Pagamento - Espaço Coletivo Itacoatiara - AM 106.498,72 86.714,30 0.11.006 Folha de Pagamento - Melhoria Contínua 234.016,90 - 0.1.7.001 Fundo Filantrópico Família Maggi 700.000,00 - 0.2.0.100 Agricultura Familiar 1.309.613,36 1.186.392,93 0.2.0.200 Empreendedorismo 788.005,56 219.405,67 0.2.0.300 Qualificação e Empregabilidade 480.859,54 564.724,91 0.2.0.400 Fortalecimento de OSCS 2.706.609,64 441.499,77 TOTAL GERAL 10.908.375,85 6.726.934,57 22. Cobertura de Seguros: Para atender medidas preventivas adotadas permanentemente, a FALM efetua contratação de seguros em valor considerado suficiente para cobertura de eventuais sinistros, e assim atendendo principalmente o Princípio Contábil de Continuidade. Os valores referentes aos Prêmios de seguros contratados contra eventuais sinistros de qualquer natureza, são registrados como DespesasAntecipadas a serem apropriados nas contas de resultado, de acordo com o período de cobertura das apólices. Cuiabá - MT, 31 de dezembro de 2024. Belisa Souza Maggi Presidente Conselho Curador Juliana de Lavor Lopes Diretora Executiva Ademir Creado Navas Contador - CRC 1SP125442/O-9 RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Ilmos. Senhores Diretores e Administradores da Fundação André e Lucia Maggi, Cuiabá - MT. Opinião: Examinamos as demonstrações contábeis da Fundação André e Lucia Maggi, que com- preendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2024, e as respectivas demonstrações do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as correspondentes Notas Explicativas, incluindo o resumo das principais políticas contábeis. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Bra- sil aplicáveis às entidades sem fins lucrativos. Base para opinião: Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em con- formidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis”. Somos independentes em relação à Fundação André e Lucia Maggi, de acordo com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profis- sional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com essas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Outros as- suntos: Ademonstração do valor adicionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2024, elaboradas sob a responsabilidade da administração da Fundação André e Lucia Maggi, e apresentada como informação suplementar para fins de IFRS, foi submetida a procedimentos de au- ditoria executados em conjunto com a auditoria das demonstrações financeiras da Fundação. Para a formação de nossa opinião, avaliamos se essa demonstração está conciliada com as demonstrações financeiras e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento Técnico CPC 09 - Demonstração do Valor Adicionado. Em nossa opinião, essa demonstração do valor adicionado foi adequadamente elaborada, em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pronunciamento Técnico e é consistente em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Outras informações que acom- panham as demonstrações contábeis e o relatório do auditor: A Administração da Fundação André e Lucia Maggi, é a responsável por essas outras informações que compreendem o relatório da administração. Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis não abrange o relatório da ad- ministração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis, nossa responsabilidade é a de ler o relatório da administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de forma relevante, inconsistente com as demonstrações contábeis ou com nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no relatório da administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a respeito disso. Responsabilidade da administração e da governança pelas demonstrações contábeis: A Administração da Fundação André e Lucia Maggi, é a responsável pela elaboração das demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, e pelos Controles Internos, que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demonstrações contábeis, a Administração é responsável pela avaliação da capacidade da Fundação André e Lucia Maggi, continuar operando, divulgando, quando aplicá- vel, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não ser que a Administração pretenda liquidar a Fun- dação André e Lucia Maggi, ou cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Fundação André e Lucia Maggi, são aqueles com responsabilidade pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis. Responsabilidade do auditor pela auditoria das demonstrações con- tábeis: Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de seguran- ça, mas não uma garantia, de que a auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e inter- nacionais de auditoria, sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários, tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis. Como parte de uma auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional, e mantemos ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: • Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. • O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de burlar os Controles Internos, conluio, falsificação, omissão ou representações falsas intencionais. • Obtemos entendimento dos Controles Internos relevantes para a auditoria para planejarmos os procedimentos de auditoria apropriados nas circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião sobre a eficácia dos Controles Internos da Fundação André e Lucia Maggi. • Avaliamos a adequação das políticas contábeis utili- zadas e a razoabilidade das estimativas contábeis, e respectivas divulgações feitas pela Administra- ção. • Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de auditoria obtidas, se existe uma incerteza relevante em relação a eventos ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de continuidade operacional da companhia. Se concluirmos que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Fundação André e Lucia Maggi a não mais se manter em continuidade operacional. Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constatações significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significativas nos Controles Internos que identificamos durante nossos trabalhos. Belo Horizonte, 23 de abril de 2025. R&R AUDITORIA E CONSULTORIA CRC/MG nº 5.198-02, CVM 8460 Warley de Oliveira Dias, Contador, CRC/MG nº 094.865 PARECER DO CONSELHO FISCAL Em atendimento ao Artigo 22, item III ao que determina o Estatuto Social da Fundação André e Lucia Maggi (FALM), vimos dar o parecer sobre as Demonstrações Contábeis do exercício de 2024. Diante das documentações recebidas, sendo: balancetes contábeis, livro razão, relatórios contendo orçado e realizado dos projetos e ações de desenvolvidas pela FALM, relatórios de receitas e saldos bancários, o Conselho Fiscal procedeu à análise das informações financeiras referente ao exercício de 2024. Por fim, em nossa opinião com base na documentação verificada, as Demonstrações contábeis e Notas Explicativas relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2024, estão de acordo com as normas legais e refletem adequadamente a situação econômico-financeira da Fundação André e Lucia Maggi. Cuiabá-MT, 13 de maio de 2025. Syrlei Queiroz de Oliveira, Presidente do Conselho Fiscal (Fim - página 2-2)